Casa do Vídeo – Uma história em produção

Instalada num endereço emprestado, a Motta Lima Produções e Comunicação era apenas uma formalidade jurídica que possibilitava a continuação da carreira do jornalista André Motta Lima ao fim da imunidade sindical, após uma perseguição política de 1975 a 1981, quando foi então demitido e não mais aceito em empregos como pessoa física.

A necessidade de desenvolver projetos com a TV Educativa efetivou a atividade de produtora e a instalação no mesmo quarteirão da emissora, na esquina da Rua da Relação com a Rua dos Inválidos; por ironia, exatamente em frente à sede da polícia política, o DOPS – Departamento de Ordem Política e Social. A aquisição de equipamentos, necessária para os trabalhos, levou à busca por um espaço maior ao fim da parceria.

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Ao se instalar num casarão na Rua Paissandu, com estúdio e ilha de edição, a empresa adotou o nome fantasia de Casa do Vídeo, fortalecendo a imagem de uma produtora de audiovisual. Além do que não era incomum a confusão entre o nome do proprietário e a repetição do sobrenome para identificar de qual empresa era o interlocutor. Uma tentativa anterior de marcar as iniciais do sobrenome (ML) como nome de empresa, levou à ideia de que as letras AML poderiam compor uma logomarca capaz de identificar visualmente a Casa do Vídeo. E surgiu a logomarca desenvolvida com o artista gráfico João Carlos Guedes, o Goméia. A composição dos endereços abaixo do “teto da casa alpina”, nos envelopes e papéis timbrados, deram ainda mais corpo à ideia inicial.

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Durante um bom período a Casa do Vídeo locou estúdio e equipamentos, produzindo muitos materiais a pedido de clientes. A partir da retomada de produções próprias, com a escolha de 3 entre os 5 vídeos licitados por iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Conselho Nacional de Pesquisas – CNPq, passou a buscar novos caminhos e acabou firmando um contrato com a Associação Brasileira de Imprensa, ficando responsável pela condução da divulgação, intercâmbios e iniciativas institucionais da entidade, então presidida pelo jornalista Barbosa Lima Sobrinho. Em 3 de fevereiro de 1991, após obras de adaptação, a Casa do Vídeo passou a operar no 12º andar do prédio histórico do centro, na Rua Araújo Porto Alegre.

Portagif Casa do Vídeo - Uma história em produçãoEntrada para metade da área do 12º andar no prédio da ABI

gifABI-Final Casa do Vídeo - Uma história em produçãoEstúdio e todos os recursos de produção


Flexibilidade de soluções no estúdio


Programa do SBT gravando no estúdio
o treino de candidatos

A partir da compra de terreno no nascente Polo de Cinema e Vídeo a ser criado na Barra da Tijuca, por iniciativa do então prefeito Saturnino Braga, a empresa passou a ter a obrigação contratual de construir uma sede própria no local, o que acabou sendo feito. Em 2001, após a morte de Barbosa Lima Sobrinho e o afastamento das atividades na ABI, a Casa do Vídeo mudou para o endereço definitivo, a sede própria na Rua José Augusto Rodrigues,138.

fachada Casa do Vídeo - Uma história em produção

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Com a incorporação de novas atividades no campo da cultura, como o Gigantes da Lira, e da manutenção de produções próprias, como o programa Tome Ciência, a Motta Lima Produções e Comunicação Ltda. voltou a adotar a marca que chegou a usar no final dos anos 80, antes mesmo de virar a produtora Casa do Vídeo, quando foi também a ML Jornalismo, sociedade uniprofissional de curta duração criada com o jornalista, sócio e primo Ricardo Motta Lima Alvarez. Agora somos o grupo ML+, acolhendo as atividades de locação de estúdio, produtora, editora e empresa responsável por apresentações culturais.

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